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Wednesday, December 20, 2006

OSSO MEU

Tão grande

Tão escorregadio e

Tão gostoso

Que ninguém te quer perder


E eu tão pequeno na matilha

Vou transportando-te

Entre o saborear e escapar

Desses cães colossos

Entre sorte e audácia

Hei-te aqui

Segura na minha toca

E faço-te OSSO MEU



Luciano Canhanga

Tuesday, December 12, 2006

QUERO BEBER-TE

São 5H40
O despertador alerta-me para a jornada
Desfaço-me dos cobertores
E sinto no dorso a angústia
Do momento não revivido
Hoje quero beber-te

Na lembrança encontro a marca
Do afecto partilhado há léguas
E lavo a boca
Esquecendo o sabor a peixe frio
Do beijo virginal

Na destreza da razão
Percorro tuas picadas
E faço-te hoje
Frio do meu calor
No trópico do quarto gélido



Luciano Canhanga