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Monday, November 19, 2018

DE SOL EM SOL

Na roça colonial
Agora em mão nacional
Cresce a lavoura
Cresce a miséria
Trabalha, todo o dia, toda a hora
Cresce, apressada, a barriga do patrão
Vive o camponês abaixo de cão
Lavra de sol em sol
P'ro filho, barriga-cheia, nem mebendazol
Lavoura-recolha de chuva em chuva
Um quilo de fuba
Atendendo o estômago só
A paga do camponês
Uma tábua de peixe seco
Quando a jimboa não atende
É a fome que o surpreende
Na nova escravidão
Que engorda o ladro-patrão!

Wednesday, October 10, 2018

UM CHEIRO BOM

Cheira um cheiro bom
Pelas narinas sentido
É profundo, traz húmus
Promete Insumos
Alegra homens
Aves, plantas e demais viventes
É cheiro à chuva.
Choveu!

Saturday, September 01, 2018

NO LIBOLO, AMBOIM E NGULUNGU


Café maduro/
Avermelhado/
Bagos doces/
Reclamando cesto e o terreiro/
Para secar e escurecer/
Aguardando-lhe o descasque e torrefacção/
Aqui, sim/
Fica negro/
Na boca deixa amargo/
Amargura sentida pelo negro/
"Negro da cor do contratado"/

 

Tuesday, August 28, 2018

AGOSTO MORNO

SEM BANDEIRAS
SEM CÓLERAS
SEM BEBEDEIRAS
SEM BARULHO
SEM ESBULHO
SEM RUÍDO
É POSSÍVEL?!
AFINAL,

Tuesday, May 01, 2018

AMOR SEM PUDOR

Depois de
- 10encantos
- Canções ao vento
Já temos
- Amor sem pudor



Monday, April 09, 2018

BASTA ATENÇÃO

 
É banana-pão
É mesmo do quintalão
Se quiser, também tem opção
Há jindungu e mamão
Maracujá e limão
Ainda pequenino mas pode encher a mão
Também tem agrião
E verde feijão
Que, junto à hortelã, agrada o coração
A batateira desafia o corrimão
E a cajá-manga já enche o carro-de-mão
Não se acanhe, meu irmão
Campo ou cidade, alimento vem da mão!