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Thursday, September 25, 2008

CAMINHAR

Entre inúmeros acertos
incontáveis desacertos também
Vida pára!

Entre trabalhos e barulhos
No meio atrapalhos
Pára a vida?

Entre apuros e reflexos
Paragens e silêncios também
A vida não pára!

Entre grosseiros e levianas
Silêncios vociferam êbrios
A vida passeia à frente!

Luciano Canhanga

8 comments:

Anonymous said...

Gostei dos poemas, agora um sentimento de saudade.
Luciano Kananga, ai ué Angola ué…

De São Paulo de Luanda, me trouxeram para cá... Kalunga... Kalunga ué... me trouxeram para cá... amigos ficaram chorando... minha terra ficou gemendo malakatu... malakatu, minha Alma está rezando por Angola.
O meu povo foi assassinado por cubanos e mpla
De uma angolana de Luanda de descendência europeia.
Luciano Kananga, tudo de bom para ti.

Anonymous said...

Luciano Canhanga, encontra-se há venda nos escaparates das livrarias em Portugal um extraordinário sobre Angola desde 1940 até 1975, o titulo é "LONGE É A LUA, Memórias de Luanda-Angola", o seu preço é euros 14,50, neste livro está toda a verdade sobre Angola, está qualificado como um Livro da História.
Um abraço, e tudo do melhor para o meu povo os, Bailundos, gente grande, que sofreu às mãos dos terroristas em 1961 e foram quase exterminados pelos cubanos e mpla.

Anonymous said...

Ana Maria,
Primeiro quero agradecer as visitas que me faz e os comentários que deixa nesta página.
Quanto ao livro gostaria imenso de tê-lo, visto que sou também professor de História (pelo menos formei-me nisso e exerci durante muito tempo). Só não sei é como enviar os Euros para que comprasses para mim.
Aguardo tua comunicação através do e-mail lcanhanga@hotmail.com

Anonymous said...

Luciano Canhanga, eu descobri o teu Blog no Blog PORTUGAL NAÇÃO VALENTE.
Tu consultas-te as páginas de história desse Blog e deixas-te o teu endereço.
Sobre o Livro "LONGE É A LUA, Memórias de Luanda-Angola".
Eu resido fora de Portugal, mas envio-te o endereço de email, da empresa distribuidora e representante em Lisboa, eles de certeza que te informam como adquirires este Livro,
Não te posso responder atrás de email, porque estou a usar a internet de uma empresa dos serviços do Estado onde trabalho.
O endereço da distribuidora em Portugal, Lisboa é:

dcldistribuicao@netcabo.pt

Está ligada à Editora Prefácio.
Que saudades do maboque, da fruta-pinha, do sape-sape,das pitagas e das castanhas do cajú assadas no carvão e vendidas pelas quitandeiras no mercado do Kinaxixi, que saudades da minha gente, do cheiro da terra molhada depois da chuva, das batucadas perto da cidade do Alto Catumbela, das trovoadas fortes e baixas em Sá da Bandeira. E de tantas outras coisas que os meus olhos viram e a minha Alma sente.
Um abraço de uma angolana de Luanda, que tem o Mundo por país.

Soberano Kanyanga said...

Ana Maria,
Estou agradecido pelas informações. Seguirei as pistas que me sugeres... Beijos angolanos.

Anonymous said...

Luciano Canhanga, como estás.
Tu conheces um Hotel que existia no Largo das Ingombotas.
Se ainda existe, provavelmente com outro nome, diz-me por favor.
A mulher do cozinheiro desse Hotel foi a minha segunda mãe, a minha querida e saudosa Rosa, era o nome dela, desejo de coração que não seja (era) mas, que seja é, não sei se ainda vive, Deus queira que sim.
Um abraço

Soberano Kanyanga said...

Ana,
O Hotel chama-se hoje Katekero. Está muito degradado, depois de ter sido confiscado pelo Governo. Foi, há 6 anos redimensionado, mas nem 'gua vem, nem H2O vai para a sua reabilitação. Está ocupado por gentes fugidas de guerra e doutra índole que não o bandona por nada, canibalizando, cada vez mais as suas estruturas.... Do outro lado da esquina está um outro hotel, o Mundial.

Anonymous said...

Luciano Canhanga, penso que em ti encontrei um amigo, o meu único problema é que não te posso contactar por outro meio, que não seja deixar aqui estas mensagens como comentários, peço desculpa por isto, esse Hotel Katekero, é no largo Serpa Pinto, de um lado estava a Oliva, do outro a Casa Americana e a Mobil, o Hotel a que me refiro seria mais na rua das Ingombotas, eu estudava no Liceu Nacional de Salvador Correia à hora das aulas 12.00horas, a minha Rosa acompanhava-me até ao Liceu, ela ia para a casa, vivia no anexo desse Hotel, ela descia o jardim que ficava de frente do Liceu do outro lado da rua de Brito Godins, em direcção à sua casa, sabes como é, eu era uma criança nunca perguntei onde era ao certo a casa dela, ou o nome do Hotel, as crianças não se preocupam com essas coisas, ficou sempre no meu pensamento que a casa dela, anexo do Hotel, não ficaria muito longe do Liceu Salvador Correia, perguntar aos meus pais, nunca o fiz, porque razões de sentimentos, e quando as coisas assentaram um pouco, eles faleceram.
Nunca mais voltei a Luanda, caso contrário eu virava a cidade ao contrário até encontrar essa família, que também foi a minha, só não vieram connosco, porque na Metrópole como nós chamavamos, não tinhamos casa, se os meus pais nunca tivessem vendido a quinta que tinham recebido por herança dos meus avós, para mandar construir a casa na rua José de Anchieta, Vila Clotilde, não haveria qualquer dúvida que a minha Rosa e a família tinham vindo com os meus pais.
De todo o coração os meus agradecimentos pela tua disponibilidade e atenção em responderes, esta é a minha gente, aquela que sempre conheci até um dia fatídico e desastroso para todos.
Bem Hajas.