- Caminhar
- desabafar
- chorar (?)
- ceder sem questionar
- sonhar
- dar e receber
- traçar sem tempo para realizar
- o mundo enfrentar...
- sofrer (?)
- para quando cumprir?
O nosso amor é a importância que nos atribuímos!
05.02.2004
Saturday, December 01, 2012
Thursday, November 01, 2012
NA CAMA DE HOTEL
Sugando tetas moribundas duma kitata kuribeka
No leito da morte
Xaxatando nádegas flácidas do álcool barrigudo
Trágic´aventura dum incauto viajante
prostrado no prazer momentâneo
Na cama de hotel
Desfaz vida, assando castanhas em kifufutila mortuário
deixando na brasa sua longinqu´amada
Na cama de hotel, sonha enterrando sonhos
Mbunda ya kitadi
negócio de hoje
mbolo ya kizwa
Kufwa kidi!
É na cama de hotel
Luena, 28.09.2012
Monday, October 01, 2012
DESESPERO
Noite cálida e de esperança
Silêncio e só silêncio reina
Cá dentro dançam lobos
E sobre a banca é a luz
dorminhoca que tilinta
É madrugada
Envergonhadas voam
cegonhas
Enquanto lobos trespassam corações
No horizonte, raios apressados
anunciam mais um dia sem dono
Revezam-se os sóis
Outro dia sem Esperança
Saturday, September 01, 2012
Wednesday, August 01, 2012
DOR INGENTE
Doi saber que sou teu irmão,
mas te desprezei
saber que erraste
Mas no erro insistimos
Doi saber que um dia de costas nos virámos
Que com armas nos matámos
Que escondidos nos traímos e apelos ignorámos
Saber que quase nos vendemos
Agora que acertamos,
Peço
Que me dês a mão
Refaçamos a Nação!
mas te desprezei
saber que erraste
Mas no erro insistimos
Doi saber que um dia de costas nos virámos
Que com armas nos matámos
Que escondidos nos traímos e apelos ignorámos
Saber que quase nos vendemos
Agora que acertamos,
Peço
Que me dês a mão
Refaçamos a Nação!
Monday, July 09, 2012
REGRESSO ANUNCIADO
Eu Parto
Teus olhos banhados de lágrimas
denunciam a dor da ausência
e o vazio que fica
Mas tenho certeza de que volto, mãe!
Minha bagagem cheia de nada
anuncia a tristeza que carrego
nessa ida sem rumo
em busca da vida
Na dureza dessa jornada
descrevo nas cartas que não te envio
o desejo de reconquistar teu colo
quente e cansado de cacimbos centenários
Dizem-me que volto
apenas me escondem se por terra ou pelo mar
Se pelo ar
Ou no caixão
Eu Volto
Teus olhos banhados de lágrimas
denunciam a dor da ausência
e o vazio que fica
Mas tenho certeza de que volto, mãe!
Minha bagagem cheia de nada
anuncia a tristeza que carrego
nessa ida sem rumo
em busca da vida
Na dureza dessa jornada
descrevo nas cartas que não te envio
o desejo de reconquistar teu colo
quente e cansado de cacimbos centenários
Dizem-me que volto
apenas me escondem se por terra ou pelo mar
Se pelo ar
Ou no caixão
Eu Volto
Tuesday, June 12, 2012
Tempo de nakas
É centro do kixibo (cacimbo)
O cieiro apresenta-se como desenhos dum artista sazonal
Mesmo assim o verdadeiro camponês não desarma
Manhã cedo,
À fogueira um tempinho,
Afugenta a preguiça e aguça a catana
Enxada ao ombro e parte
A naka aguarda por quem a desbrave
As sementes aguardam por quem as deita à terra
E lá vai ele
Friorento e Cambaleante
Confiante na colecta que há-de-vir
É tempo de nakas
Assim é entre Junho-Agosto
(no meu Libolo)
O cieiro apresenta-se como desenhos dum artista sazonal
Mesmo assim o verdadeiro camponês não desarma
Manhã cedo,
À fogueira um tempinho,
Afugenta a preguiça e aguça a catana
Enxada ao ombro e parte
A naka aguarda por quem a desbrave
As sementes aguardam por quem as deita à terra
E lá vai ele
Friorento e Cambaleante
Confiante na colecta que há-de-vir
É tempo de nakas
Assim é entre Junho-Agosto
(no meu Libolo)
Thursday, May 24, 2012
CAMPO DE VENTO
Vinde e cultivai
Que é próprio o momento!
Chegais e dizeis
(Des)coisas habituais
Em promessas vossas
irrealizáveis no tempo
Vinde, dizeis e fazeis
que é chegada a ceifa
Preparais obras e palavras
Uma sem palavra
É chegado o julgamento
do Ceifeiro que chega à hora!
21.07.2004
Que é próprio o momento!
Chegais e dizeis
(Des)coisas habituais
Em promessas vossas
irrealizáveis no tempo
Vinde, dizeis e fazeis
que é chegada a ceifa
Preparais obras e palavras
Uma sem palavra
É chegado o julgamento
do Ceifeiro que chega à hora!
21.07.2004
Monday, April 02, 2012
KIFUFUTILA
Meu regaço é quente
Como sol de Setembro
Na pele de homem alheio
Friorento nas mil noites
Mal vividas dum amor
Agarrado n´argola e ninhada
Já sem suor nem valor
Sou amante
Fogo e lazer
Vozes loucas em horas poucas
Delírios satânicos
Corpos desejosos,
Andrajosos no caminhodo prazer
Esquecido na noite do alembamento
Sou a amante
Amada, diamante, desalmada, paciente
Fogueira de macho reformado
Carente de novos gemidos
Sim, nós
Eu e ele
Cofre e tesouro!
Como sol de Setembro
Na pele de homem alheio
Friorento nas mil noites
Mal vividas dum amor
Agarrado n´argola e ninhada
Já sem suor nem valor
Sou amante
Fogo e lazer
Vozes loucas em horas poucas
Delírios satânicos
Corpos desejosos,
Andrajosos no caminhodo prazer
Esquecido na noite do alembamento
Sou a amante
Amada, diamante, desalmada, paciente
Fogueira de macho reformado
Carente de novos gemidos
Sim, nós
Eu e ele
Cofre e tesouro!
Friday, March 02, 2012
ÊXODO
Ontem na sanzala
Vacas gordas vozeavam canções alegres e intrépidas
Da guerra que ressona ainda distante
Hoje na cidade
Esfarrapadas as mesmas vacas vozeiam tristes melodias
Ávidas de paz, pão e liberdade na lonjura das estrelas
Vacas gordas vozeavam canções alegres e intrépidas
Da guerra que ressona ainda distante
Hoje na cidade
Esfarrapadas as mesmas vacas vozeiam tristes melodias
Ávidas de paz, pão e liberdade na lonjura das estrelas
Thursday, February 02, 2012
MARCHANDO
Sem cor, nem riqueza
Longa fila se cruza
Norte-Sul, Leste-Oeste
Canções alegres
Coros afinados
Um poema
Pás nas mãos
Escolas construir
Uma inovação
Machados afiados
Florestas desbravar
Mais alimentação
Longa fila se cruza
Norte-Sul, Leste-Oeste
Canções alegres
Coros afinados
Um poema
Pás nas mãos
Escolas construir
Uma inovação
Machados afiados
Florestas desbravar
Mais alimentação
Monday, January 02, 2012
PAIXÃO ADULTA
Passeio,
Sempre que a saudade bate
pelo crepúsculo encontro
Tua imagem
sempre na mesma posição,
o mesmo sorriso luminoso
E no silêncio,
quase me gritam teus murmúrios prazerosos
Na calada da noite
Já sem sono,
pergunto para mim mesmo:
ílusão minha ou também sentes o que sinto?
Sempre que a saudade bate
pelo crepúsculo encontro
Tua imagem
sempre na mesma posição,
o mesmo sorriso luminoso
E no silêncio,
quase me gritam teus murmúrios prazerosos
Na calada da noite
Já sem sono,
pergunto para mim mesmo:
ílusão minha ou também sentes o que sinto?
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