Sem moral nem norte
Destilam ureia na areia
Distância rogando boleia
É a ponte que todos rodeia
Mulheres talhadas na vida
Emprego fecundo na via
Desfilam carnudas vadias
Debaixo de ponte vazia
Quem és tu mulher-a-dias?
Jovens temperados na rua
Sem sorte perdida crua
Disputam sobras
Procuram sombras
Buscam sossego roubado
Pela agua infiltrada no telhado
Escapada da ponte ruída
Crianças da escola destruída
Sepultam sonhos
Riscando na ponte desenhos
Em troca, largos desdéns
Mas a vida corre debaixo da ponte!
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