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Wednesday, August 09, 2006

A MULHER QUE NUNCA VI


Afundado na enorme saudade
Vou sorvendo o fel deste silêncio
Aguardando qu’o tempo me leve
de volta à mãe civilização

Na doçura ausente do teu ai
Escondo meu tédio diário
Do fio dental encarnado
Sobre o branco na bunda

E é neste andar excitante
Que me alieno
Fazendo-me companhia as orgias
com a mulher que nunca vi


Luciano Canhanga

1 comment:

Ndombele Freddy said...

Com este poema inspiraste-me a inciar com os meu dotes poéticos...


Obrigado Luciano...